Três razões para acreditarmos que os testes multiômicos são o futuro do diagnóstico de doenças raras

Family generation green eyes genetics concept
Gustavo Vieira, PhD
Regional Manager Centogene Brazil
O diagnóstico genético de doenças raras tem evoluído rapidamente. A cerca de 20 anos, somente era possível confirmar o diagnóstico de doença genética de maneira laboratorial, após um estudo clínico extremamente bem feito, dentro de um imenso palheiro de nucleotídeos para achar uma agulha (mutação) precisávamos ter uma excelente ideia de onde procurar, pois se não fosse através de citogenética (alterações estruturais e grande duplicações ou deleções) seria necessário pelo menos saber em que genes procurar, entre cerca de 22 mil genes, uma vez que os métodos de sequenciamento era drasticamente focado em uma pequena região.
Com o sequenciamento de nova geração (NGS) foi possível verificarmos diversos genes ao mesmo tempo, além da análise dos 22 mil genes de uma vez só, de maneira acessível, o exoma. No início da década passada a análise de uma exoma tinha um custo de cerca de 15 mil reais, atualmente isso é possível com menos de 5 mil reais, além disso, as análises mais avançadas contam com um grupo de análises acessórias, como análise do DNA mitocondrial, CNVs, Dissomias uniparentais entre outras (Centoxome MOx).
Agora uma nova geração de testes está disponível, são os testes multiômicos. Estes testes agregam nas análises genéticas, o estudo de biomarcadores, dados bioquímicos e muitas vezes dados de transcriptomas, metabolomas e dados clínicos para um diagnóstico mais eficaz. Assim listamos 3 razões do porquê os testes multiômicos são o futuro do diagnóstico:
1. Velocidade no diagnóstico A média mundial para se chegar ao diagnóstico de uma doença rara é de sete anos. Isso mesmo, um paciente portador de doença rara tem que passar por diversos tipos de profissionais médicos e não médicos, diversos tipos de exames invasivos ou de imagem e no final, somente uma equipe multidisciplinar chegará ao seu diagnóstico. Os testes multiômicos já trazem uma abordagem multidisciplinar o que aumenta muito as chances de se ter um diagnóstico realizando em um único teste e diminuindo este tempo de sete anos para alguns meses. Isso pode ser determinante para um tratamento mais adequado e que pode salvar a vida do paciente.
2. Bem-estar físico e mental do paciente
Os pacientes com doenças raras, geralmente as crianças acabam gerando traumas durante sua fase de diagnóstico, como dissemos é um tempo muito grande. São inúmeras coletas de sangue, diagnósticos de imagem, além de visitas frequentes aos médicos. Não é raro que estas crianças desenvolvam um certo “medo” de pessoas vestindo branco, por isso diversos serviços de genética utilizam aventais (jalecos) de cores diferentes, como o azul ou o verde. Com a utilização desses testes mais precisos este trauma pode ser evitado.
3. Preço
Os testes genéticos no Brasil geralmente ou são pagos pelos planos de saúde ou de forma particular. Apesar de já existir a diretriz do SUS para a realização destes testes, é raro ou quase inexistente que sejam realizados pelo Sistema Únicos de Saúde. A DUT/ANS preconiza a utilização de testes escalonados para o diagnóstico, ou seja, se começa com testes menos precisos para excluir alguns tipos de doenças, como o cariótipo e acontece uma evolução para testes como o CGH-Array ou em último caso o Exoma. Porém quando se faz a conta, a afetividade deste sistema é bastante ruim. Geralmente vai se gastar um valor muito maior, passando por todos estes exames (além disso e bem obvio, é o desgaste do bem-estar do paciente, como falamos anteriormente) e sendo utilizado um teste com alta efetividade de diagnóstico. Um exoma multiômico por exemplo está na em torno de R$ 5.500,00, o que o torna pouco acessível para a maior parte da população, mas que gera uma economia enorme quando se compara à utilização do método escalonado.
Por fim, como dissemos no título deste texto, acreditamos que os testes multiômicos são o futuro do diagnóstico de doenças raras e logo de muitas outras doenças, por serem melhor, mais rápido, mas barato e principalmente, melhor para o paciente. Deixamos 3 estudos de casos sobre a utilização de testes multiômicos no diagnóstico de pacientes com doenças raras.

CentoXome MOx Diagnosticando Doença de Niemann-Pick Tipo C1

Estudos de caso

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